quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Videos Necessários ao Coletivo

Quanto vale ou é por quilo?

Assista no Google Videos - Quanto vale ou é por quilo?
Um dos melhores filmes nacionais que já assisti. “Quanto vale ou é por quilo?” é uma verdadeira distribuição de tapas na cara. O filme é de 2005 e foi capaz através de uma linguagem violenta e obscena de mostrar a verdadeira cara do assistencialismo em nosso país. E não há como fugir: estamos em uma verdadeira “crise de valores” e independente do lado que você escolher é impossível se eximir de certas responsabilidades. A mais-valia está agregada nas relações sociais e esta simbiose tem uma força tão sobrenatural que consegue controlar as cordas que movem até mesmo a tão conhecida solidariedade. O filme faz uma ligação realista em formato de documentário fictício (ou vice-versa) entre duas épocas: século XIII época da escravidão explicita e dias atuais época da escravidão implícita. Comentário completo no antigo Metamorfose Coletiva

A História das Coisas





Como funciona o sistema linear do capitalismo e como isso prejudica o planeta.
"As coisas estão se humanizando e os humanos se coisificando" K. Mark


Midiatrix Revelations

Assista no Youtube - Midiatrix Revelations


Se quiser a verdade jogue fora a TV.
Um encontro de Homer e Bonner na Matrix


A Revolução Não Será Televisionada





Ao assumir a presidência, em 1998, Hugo Chavez passou a defender a distribuição dos rendimentos auferidos com o petróleo para investimentos sociais voltados à maioria do povo e intensificou as críticas às políticas liberais inspiradas nos EUA, o que levantou a ira das classes dominantes locais e do imperialismo norte-americano, acostumados a governos submissos.

sábado, 26 de setembro de 2009

Quadro Popular

Assista no Youtube esse video: Violência Urbana



Agourentas cores se manifestaram na geografia local.




Simbólicos gritos eram abafados pela arte do cotidiano.



Um vermelho escaldante tingia vivamente a figura animal.



Era uma das milhares obras feitas naquele ano.



A arte era apreciada por olhos apressados que desmereciam o artista que a realizou.



O quadro transmitia uma reação hipnotizante aos desocupados e uma fuga desesperada naquele que a pintou.




O que é Violência?

Violência e esse sistema permitir que um único individuo possua 10 casas e um estoque de comida em cada uma, enquanto milhões comem sobras e não tem um lugar digno para dormir.

Lisa Alves


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O desemprego, a moradia e a assistência à saúde inadequados contribuem para a violência, especialmente nas áreas de favelas, que estão crescendo em um ritmo alucinante.
De acordo com a ONU-HABITAT, se as tendências atuais continuarem a população mundial das favelas pode passar de pouco mais de 1 bilhão em 2005 para quase 1,5 bilhão até 2020.
Essas condições são freqüentemente exacerbadas pela crescente oferta de drogas e o fácil acesso às armas de pequeno porte, que representam um sério obstáculo ao progresso social e econômico. "
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O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.
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A violência urbana é determinada por valores sociais, culturais, econômicos, políticos e morais de uma sociedade. No entanto, ela incorpora modelos copiados dos países de maior influência na esfera internacional.
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A violência no Brasil cresce de forma acelerada e sem controle, com cerca de 50 mil brasileiros assassinados todos os anos. Esse número supera o de mortes em países que enfrentam guerras, como o Iraque. Mas o que podemos fazer para mudar isso? O país assiste atônito à escalada do poder e à ousadia do crime organizado, ao mesmo tempo em que se tornam cada vez mais corriqueiros os crimes com motivações pessoais ou sem sentido.
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A primeira vítima da violência é, sem dúvida, a dignidade humana, cujas feridas são menos aparentes, mas não menos profundas.
A violência é um fenômeno muito complexo do universo social e por isso levantamos algumas causas dessa violência, iniciando com as da violência urbana:
1) Falta de uma assistência imediata ao menor abandonado;
2) Falta de uma política de educação integral para todos;
3) Falta de um planejamento familiar;
4) O congestionamento da Justiça Penal de um sem de processos que estão a tomar a atenção, o cuidado e o tempo de toda a engrenagem judicial, em detrimento daquelas hipóteses criminais que merecem a atenção pronta, imediata e eficaz da Justiça Penal;
5) Falta de um Policiamento Ostensivo, com policiais mais bem treinados e instruídos, com salários condizentes;
6) Inchação das grandes cidades;
7) Bolsões de misérias;
8) Uso de drogas licitas e ilícitas;
9) Discriminação racial;
10) Discriminação social

http://www.forumseguranca.org.br





segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ode ao Medo

Em verdade temos medo.
Nascemos no escuro.
As existências são poucas; Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.
E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios vadeamos.
O Medo - Carlos Drumond de Andrade

Estamos com medo e esse estado é tão perigoso quanto estar ao lado de um animal selvagem e faminto. O medo é criador de barreiras, fronteiras, muralhas e escudos capazes de formarem sombras de nós mesmos. O medo diz: Não vá! Não siga! Não confie! Não fale! Não ouça! Ele é capaz de debochar de nossas caras medonhas: Enquanto tiveres comigo, não agirás sem meu consentimento! E por diversas vezes ele consegue nos convencer. Pois tudo o que está além do que pisamos é desconhecido, inesperado, obscuro e o conforto do que é certo é utilizado como argumento do Sr. Medo.
Um dia desses João Ferreira da Silva venceu o medo e pediu as contas. Não essas contas que chegam exageradamente em nossas portas para serem quitadas e assegurar nossa vivência na sociedade de casas, carros e crédito no mercado. Pelo contrário, João decidiu pedir as contas para no final das contas não ter conta nenhuma para pagar. Abandonou a família, a igreja, o trabalho e o Estado. João abandonou sua identidade, João desfigurou sua digitais, João conseguiu até mudar sua
cor. Não se sabe mais de João, pois ele não existe mais para nós (companheiros fiéis do medo). Se um dia ele caminhar por aí, não será notado, João pisou em solos desconhecidos, metamorfoseou-se, tem a cor de homens sem medo (cor essa que dá medo só de imaginar).
Assim continuamos seguindo ao lado do que nos boicota tanto, transformando-nos em seres tão vivos, mas não existentes. Seres carregados de passividade, pois o espírito da luta foi sutilmente engolido pelo medo. Acomodados e conformados com uma repetida ação coletiva, pois o medo de transgredir também é um companheiro. São ociosos mentais, as idéias são ditadas por vozes opressivas: Compre! Experimente! Torne-se! Ganhe! Isso é clichê, tão clichê quanto nosso medo de sair do quadrado. Contam que nossos ancestrais são os culpados pelo nosso medo do escuro, mas quem é culpado por esse medo de tudo? Nosso DNA? Nossa ancestralidade? Isso é um pensamento fascista, tentando deturpar a liberdade da evolução. Não que João tenha conquistado a liberdade plena, não que os livres-pensa
dores tenham resposta para tudo, mas eles como todos nasceram em ventres idênticos aos que os medonhos vieram. Pensar que são super homens, deuses e alienígenas é santificar a evolução e olhá-la como um estágio alcançado por poucos. E isso é apenas o medo de perceber que apenas um passo que dermos por conta própria é capaz de afastar aos poucos esse inimigo da livre escolha.
Nós filhos das cavernas, devemos seguir para o lado de fora, mas antes libertar-nos das grades existentes do lado de dentro. Ninguém é livre do mundo das coisas enquanto enxergar coisas como algo. As coisas não existem e parece que esse fator não importa muito para seus apreciadores. Isso é medo oculto da existência, uma privação do existir que nos bloqueia para o descobrimento, pois viver já é mais do que poderíamos pedir. Nunca seremos inventores, pois deixamos os santos e cientistas recriarem nossa vida: um opera com milagres pagos pela fé e outro com provas financiadas pelos moradores das cavernas. Pagamos para eles saírem da caverna por nós e ditarem os caminhos da saída. Mas onde estarão as passagens secretas? Os santos responderam através da boca do medo e continuamos pagando para poucos livrarem-se das grades e tornarem-se os escultores de nossos caminhos de acordo com suas descobertas e ganhos materiais. O medo indica poucos caminhos, poucas cores: ou se é azul ou se é vermelho! E o guardião da caverna elimina as cores não indicadas pelo novo desbravador. Mais uma ditadura é criada, uma cor prevalece a outra e nós adotamos os ideais de um novo senhor que jamais indicará a estrada certa para o paraíso. Pois ele bem sabe que o paraíso é apenas a promessa de uma caverna maior e mais medonha. E rezaremos para que as correntes sejam mais fortes e nos prendam para o desfrute dessa prometida benção.

 Crônica de minha autoria publicada no Palanque Marginal